1 de abr. de 2015

Universo estacionário

Proposto em 1948 por Hermann Bondi, Thomas Gold e Fred Hoyle, a teoria do estado estacionário era uma extensão de algo chamado princípio cosmológico perfeito. Basicamente propunha que o universo era essencialmente o mesmo em qualquer ponto nele e em qualquer tempo. (Isso é aplicável apenas à uma grande escala, obviamente, planetas, estrelas e galáxias são diferentes do espaço entre elas.
Obviamente, para o universo parecer o mesmo durante todo o tempo, não poderia haver um início ou um fim. Essa ideia entrou em ressonância com acordes filosóficos de vários cientistas, e assim, a teoria do estado estacionário ganhou muitos aderentes nas décadas de 1950 e 1960. Como poderia o universo continuar a parecer o mesmo quando observações mostravam que ele estava expandindo ? O que poderia estar diluindo seu conteúdo ? Partidários dessa cosmologia balancearam a sempre decrescente densidade que resulta da expansão por uma hipotética matéria criada do nada. A quantidade necessária era indetectavelmente pequena, algo como poucos átomos para cada milha cúbica por ano.
A teoria do estado estacionário começou a decair na década de 1960. Primeiro, os astrônomos descobriram os quasares, os grande núcleos luminosos em galáxias distantes. Devido a maioria dos quasares residirem, em sua maioria, em galáxias distantes, sua existência prova que o princípio cosmológico da perfeito não poderia ser verdadeiro: as distantes galáxias, e portanto, as mais antigas, não são iguais as mais novas que estão próximas. O ressoar do sino de funeral* para a teoria ocorreu quando os radio astrônomos Arno Penzias e Robert Wilson descobriram microondas cósmicas de fundo, um resto de radiação do Big Bang. O estado estacionário não teve forma de explicar essa radiação e lentamente apagou-se como muitas outras teorias predecessoras.
 

  Fonte: Stephen's Hawking Universe - Strange Stuff Explained (BBC/PBS)

*Nota do Tradutor¹:  traduzido da expressão "death knell" - expressão usada para o som de um sino ressoando solenemente em um funeral.

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